Sonhos...

São cada vez mais confusos. Saem como vapor de água. De cinética agitada e veloz. Atropelam-se numa tentativa frustrada de se sobreporem uns aos outros.

Mas a cabeça de vidro não os deixa fugir. Gelada que está... E leva à condensação de toda essa mistura de frames imaginários. E escorrem pelo vidro juntando as gotas a pouco e pouco. Inundando.

A frequência cardíaca aumenta, a respiração é mais demorada, mas mais profunda.

Abro os olhos e tento limpar o vidro, para ver melhor...

Um 31 de Janeiro cheio de sonhos escorridos

Quem sou...

O pc...

LG

Os telefones...

Nokia 6600 slide e 5800XpressMusic (aquele que nos está a dar uma dor de cabeça dos diabos...)

A roupa...

Completamente bipolar! Ora formal (quando a circunstância assim o exige e o meu mood está para aí), ora completamente casual, de jeans e ténis e t-shirt larga. Com as sweatshirts por cima... Redy to rock!

Os ténis...

Merrel... Aquela marca... Aquele conforto...

Os países...

Espanha, França, Holanda e Singapura (aeroportos contam? :) ), Indonésia - Bali, Timor, E.U.A. (N.Y. - aquela perdição...).

A cidade...

A minha... Perdida no meio do Oceano...

As bebidas...

- Vodka Limão;

- Malibu Ananás;

- Coca-Cola;

- Sangria de Espumante em frutos vermelhos, ananás e pêssego (ufffffffffffffffffffff);

- Tequilla (O shot...).

As pastilhas...

Big Red - Cinnamon

A caneta...

Parker de modelo Jotter, cor vermelha... De tinta azul e traço médio... Infalível, inconfundível... A melhor...

A música...

Toda... Porque cada uma tem a sua altura...

- O Chris de Burgh... Esse gentleman... Esse senhor que passa as suas próprias camisas antes de cada concerto...;

- O Frank Sinatra... Para os late night bubble baths...;

- Os Led Zeppelin e a sua "Stairway to Heaven"...;

- O Michael Bublé e o seu blonde hair...;

- Os Supertramp e a voz que se conhece em todo o mundo...;

- O Rui Veloso e o seu blues em português...;

- Os Quadrilha e a sua "Balada do Desajeitado"... (suspiro.........). E a simpatia do Sebastião é mesmo de derreter!

Os autores...

Fernando Pessoa, José Saramago (pela perspicácia e ironia), Eugénio de Andrade, Eça de Queirós, Luís Sepúlveda.

A cor...

Roxo em alguma roupa e em todos os objectos... As duas paredes...

O recanto...

A7

O vício...

- Comer leite condensado (cozido ou não) com colher de café...;

- Pastilhas!!!

- Música...!!!

Intrínseco e que já não sai...

Aquele estilo de vida que tão poucos entendem e verdadeiramente fazem parte. E pronta para mais uma ronda...

Virtude...

Esperar pela cabeça fria e a racionalidade...

Defeito...

- Teimosia que ainda se manifesta. (Vamos comprar a taça?)

- Chorar com demasiada facilidade (mas aguento quando é preciso. "Orgulho" a quanto obrigas...)

Adoro...

- Dançar, mesmo no meio da rua. (Figuras? Não. Boa disposição!) :)

- Sorrir;

- Escrever à mão... Um gozo autêntico...:

- Estar na cama sem fazer nada (ou tudo);

- Praia e Sol... E fechar os olhos e ouvir o mar;

- Aprender. Todos os dias...

Detesto...

- Que me escondam algo e contem depois de ânimo leve, como se de nada se tratasse... (Ainda hoje tive esta conversa...);

- Que me dêem o braço a torcer só para me calar. Até porque não me calo...;

- Que peçam desculpa sem saberem porquê. Arre... Se pedem desculpa, ao menos que saibam de que se arrependem. Palavras vãs comigo não dá...;

- Manipulações.

Deliro...

Com aqueles sorrisos e olhares que falam por si.

Fico possuída...

Com a injustiça. (De cabelos em pé!)

O maior medo...

A saúde (wonder why...)

O maior triunfo...

A independência.

O melhor sentimento...

Felicidade (a transbordar com o sorriso constante...)

O pior sentimento...

A dúvida. A incerteza. Que conduzem à insegurança...

A vontade...

Termo-nos mais tempo, por mais tempo... Porque as saudades são sempre muitas...

As expressões...

- "Yaaaaa é teu!!" (nem comento... Ya???)

- "Confere!"

- "Oh para mim... Pareço uma princesa..." :)

- "Gostava mais de ti sem carro..." (E eu aposto que não!!) :)

- "Ele tem ali uma embarcação, que cá para mim não tem carta de marinheiro para aquilo!!" (Esta foi sem dúvida a melhor de todas...) :)

Os carros...

Branco cinzento e preto. Assentos pretos de riscos cinza. Tecto panorâmico. A segunda paixão. Para dois, que mais que isso não há necessidade. Quando a há... Vai o outro, sem pipo.

A casa...

A amarela. (Isso é que era...).

A palavra...

Nameless

As férias...

Verão 2006

Verão 2009

Os piores meses...

Fevereiro e Março

Os melhores meses...

Maio e Agosto

O fim...

...Um dia longe. Ainda não.

Um pedaço de mim. Grande, bem grande. Que se vai completando à medida que passam os dias.

E assim sou... Com mais uns acrescentos, mas esses, muito meus. :)

Beijinho,

Pekenina

Números - Acrescento

Em 446 dias perdi 7Kg. Sem ginásio ou qualquer exercício físico
dirigido a esse propósito. (Já os outros...)
Uso 1 número abaixo nas calças.
Fui 4 vezes passar férias ou fins-de-semana fora de casa.
Fui 4 vezes comprar um telemóvel (fora as vezes que fui à loja em vão.
Dispensam-se comentários neste ponto...)
Vi 3 vezes o mesmo episódio de Grey's Anatomy e chorei sempre na mesma
parte (...)
Vi 3 crianças nascer.
Fui 5 vezes ao cinema.
Fui a 2 grandes concertos.
Faltam 122 dias para o próximo (e já de bilhete o mão!!!).
Fui a 3 pequenos concertos.
Conheci 10 bares.
Fui a 2 casinos.
Pernoitei em 10 casas, 3 hotéis, 3 motéis, 2 tendas e 2 carros diferentes.
Fiz 2 viagens de avião (duas de ida e volta... Lógico!!!)
Fiz 2 viagens de barco (idem!!!).
Fui a 7 praias diferentes.
Comprei 9 livros.
Por agora não me recordo de mais... E alguns dos números são em aproximação, mas bem perto do real. Vamos ver se 2010 traz números muito diferentes :)

Beijinho em número-não-identificado,
Pekenina

Registo post scriptum: Tudo o resto que aqui não está... É countless...

Limites

Acordei. Abri os olhos lentemente. Estava sozinha e o computador ainda estava ligado.


Afinal não foi verdade. Pareceu. Sorri. A imaginação não tem limites e gosto assim.

Derrubar barreiras ainda que em sonhos.

Sabe bem.

Beijinho e até ao regresso,
Pekenina

Diálogo Perfeito

Olhava o computador. Escrevia frenética quase sem prestar atenção a nada mais. Sinto um olhar sobre mim.

- Porque estás a olhar para mim assim? - Perguntei sem desviar os olhos do monitor.

- Para ter melhor a tua imagem na cabeça, quando daqui a bocado fores embora... - Respondeu sem se mexer.

... ... ... ... ... ...

Retórica

“Como é que vou deixar-te ir para casa hoje?”

… … … … … …

Homenagem tardia

Foi ontem, dia 19 de Janeiro, que um querido bloguista me recordou alguns dos poetas que por cá passaram e que tão grandiosamente marcaram o mundo com as suas palavras em poesia. Não podia deixar passar isto em branco, ainda que com um dia de atraso.

Ao Fernando, um muito obrigada pela lembrança!

No ano de 1923 nasceu Eugénio de Andrade. Aqui deixo três das suas mais conhecidas e geniais obras:

Urgentemente

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.

É urgente o amor, é urgente
permanecer.

 

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Sem título

Húmido de beijos e de lágrimas,
ardor da terra com sabor a mar,
o teu corpo perdia-se no meu.
(Vontade de ser barco ou de cantar.)

Outros poemas por Eugéno de Andrade

Uff… Nem vale a pena dizer mais… Apenas mais um obrigada a quem me recordou tão bela poesia :)

Beijinho,
Pekenina

Bitter…sweet

“Confio cegamente em ti…”

É uma frase deliciosa de se ouvir/ler, mas tremendamente assustadora. Bittersweet. Tal como eu.

1. É bom saber que ganhámos a confiança de alguém. Cegamente ou não, ter alguém que confia em nós é bom. Por todos os motivos e mais alguns. Porque trabalhamos para merecer essa confiança, porque é a base de qualquer relação (amizade, família, amor…). É bom porque nos alimenta o ego. É verdade. Escusamos de ser hipócritas ou tapar o sol com a peneira. É bom saber que há alguém que se apoia em nós. Plain and simple.

2. Por outro lado, se tanto trabalhámos para atingir este patamar, outro tanto (ou mais ainda) teremos que trabalhar para manter (ou elevar) a fasquia. Trabalhar pode não ser mais do que sermos verdadeiros e honestos, mas verdade seja dita que nem sempre é fácil. Até porque somos humanos e como tal falhamos. Mesmo sem querermos, sem intensionarmos, magoamos e somos magoados. E aí a confiança que antes era cega pode bem deixar de o ser. Na minha opinião (que vale apenas isso) é, sem sombra de dúvidas, um dos “trabalhos” mais recompensadores, que mais merecem o esforço investido.

Resta-me trabalhar para continuar de balança equilibrada enquanto vagueio pela Bittersweet Lane… :)

 

 

 

 

 

                                               Imagem retirada daqui

Imagem retirada daqui

Beijinho,
Pekenina

P.S.- Esta imagem da balança é fenomenal. Cada vez que olho para ela descubro um detalhe novo… Uma imagem consegue mesmo valer mais que mil palavras…

“Invest in Love”

Mesmo que haja quem diga “I hate married, happy you.” (Mesmo sem a verdadeira intenção da palavra como às vezes me dizes, C.I.L.) ponho a língua de fora e sorrio com optimismo para um brilhante fim-de-semana. (E irrito-te um bocadinho mais, mas depois acompanhas o meu sorriso).

E agora vou lá fora apanhar frio, mirar uns raios de sol, ouvir música e sorrir, sorrir, sorrir, sorrir. Porque o fim do vídeo faz com que tudo valha a pena.

A quem perguntar porque estou assim, apenas respondo o que sinto:

“It’s married, happy me.” :))))

E julgo ser resposta suficiente.

 

Beijo de sorriso rasgado,

Pekenina

 

P.S.- Post mega-lamechas… Mas hoje teve que ser. Cada coisa tem seu tempo e lugar :)

Receita e pessoalidades

Pediram-me uma receita. Não consegui entender bem de quê. Não sou nenhuma Maria de Lurdes Modesto com 50 livros publicados sobre culinária (ainda que goste muito dessa arte) e parece-me que a receita pedida de culinária nada tem.

Já ouvi "Tens receitas para tudo..." Ora isto não é bem verdade. Se assim fosse a vida corria-me bem todos os dias e além de não ter GRAÇA nenhuma, ia ter grandes chatices com meio mundo. Isto tudo para fazer ver que não tenho qualquer receita para situações embaraçosas, difíceis, tristes ou confusas.

Apenas sigo o meu bom (ou nem tanto assim) senso e tento sempre analisar tudo de cabeça fria. Se é fácil ou não... Pois isso dava pano para mangas e para um outro post. Acontece que não há receitas genéricas para os males da vida. Cada um é como cada qual e todos temos formas de lidar com os assuntos.

Mas a falar é que as pessoas se entendem... E acho que muita solução tem esta premissa como base. (E esta é particularmente para ti, C.I.L.. É bom que entendas :) )

Com maior ou menor liberdade a verdade é que dependemos uns dos outros (amigos, família...) e por isso mesmo podemos magoar e ser magoados. Até porque só somos magoados por quem gostamos, ou ser-nos-ia indiferente. Certo?

E para concluir este tão pessoal desabafo e opinião, deixo-vos esta receita da qual já tenho algumas saudades... (Levei tanto na cabeça à conta desse post... Fica já feito o convite para quando houver uma próxima. Não vá eu levar na cabeça... Outra vez!)

Anyway... Espero que ajude ;) Pelo menos adoça-te a boca. (É um excelente começo, diria eu... Ups...)

Portem-se bem,

Pekenina

"Recordar é viver"

E tudo se resume a pedaços de vida captados em frames. Em papel, digital, real life movies ou na efemeridade de uma memória.
E hoje revivi este Verão. Só me deu mais vontade de esperar pelo próximo. Na esperança que os níveis de felicidade genuína sejam os mesmos ou quem sabe mais elevados.
Entretanto... One step at the time...

Boa noite,
Pekenina

Onion Rings

Hummmm... So many layers within Pekenina's onion. How to peel them all?

E com o resultado... Chegar ao meu cerne e fritar o que sobra :))))

Onion rings... What else?