"Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura..." (Fernando Pessoa)
… “Se As Ondas Voam Com o Vento”
Quantas vezes sozinha no teu quarto Com silêncios que são mágoas só por si Olhas-te ao espelho como se à espera de alguém Mas o tempo, esse, não espera por ti Até que a noite vai trazendo o amanhecer Sente saudades de alguém que nunca chegou Lá fora a vida vai correndo a bom correr Cá dentro o sonho ainda não acabou Não faças caso se as ondas voam com o vento Ou se uma nuvem faz escurecer o mar É que mais vale um olhar para o mar cinzento Do que o mar cinzento no olhar Contas os dias num relógio que parou Guardas as marcas que te acalmam a vontade Esperas navios nalgum cais que já secou Mas cada dia só traz em si a sua eternidade Não faças caso se as ondas voam com o vento Ou se uma nuvem faz escurecer o mar É que mais vale um olhar para o mar cinzento Do que o mar cinzento no olhar E apagas velas que nunca sentiste arder Abres as portas que dão para lado nenhum Ganhas aos pontos só pelo prazer de perder Talvez para um qualquer mas não para qualquer um.
Quadrilha – Se as Ondas Voam Com o Vento
Ninguém diria que Sebastião Antunes, vocalista, instrumentista (guitarra, harmónica, entre outros) e letrista da banda é invisual. Uma grande lição de Vida!
Na minha opinião (vale o que vale, ou seja, tanto quanto qualquer outra) uma das melhores bandas portuguesas. Boas letras e uma sonoridade bastante peculiar.
Para a próxima vai a “Balada do Desajeitado”