… “Se As Ondas Voam Com o Vento”
Quantas vezes sozinha no teu quarto
Com silêncios que são mágoas só por si
Olhas-te ao espelho como se à espera de alguém
Mas o tempo, esse, não espera por ti
Até que a noite vai trazendo o amanhecer
Sente saudades de alguém que nunca chegou
Lá fora a vida vai correndo a bom correr
Cá dentro o sonho ainda não acabou
Não faças caso se as ondas voam com o vento
Ou se uma nuvem faz escurecer o mar
É que mais vale um olhar para o mar cinzento
Do que o mar cinzento no olhar
Contas os dias num relógio que parou
Guardas as marcas que te acalmam a vontade
Esperas navios nalgum cais que já secou
Mas cada dia só traz em si a sua eternidade
Não faças caso se as ondas voam com o vento
Ou se uma nuvem faz escurecer o mar
É que mais vale um olhar para o mar cinzento
Do que o mar cinzento no olhar
E apagas velas que nunca sentiste arder
Abres as portas que dão para lado nenhum
Ganhas aos pontos só pelo prazer de perder
Talvez para um qualquer mas não para qualquer um.
Quadrilha – Se as Ondas Voam Com o Vento
Ninguém diria que Sebastião Antunes, vocalista, instrumentista (guitarra, harmónica, entre outros) e letrista da banda é invisual. Uma grande lição de Vida!
Na minha opinião (vale o que vale, ou seja, tanto quanto qualquer outra) uma das melhores bandas portuguesas. Boas letras e uma sonoridade bastante peculiar.
Para a próxima vai a “Balada do Desajeitado”